sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Trabalhadores com conta de FGTS ganham linha de crédito para aquisição de material de construção



O financiamento poderá ser usado para construção, reforma ou ampliação de unidade habitacional e instalação de hidrômetro e sistema de aquecimento solar para residências


Os beneficiários do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) terão acesso, a partir de 1º de novembro, a recursos totais de R$ 300 milhões para financiar a compra de material de construção para imóveis rurais e urbanos, segundo a Instrução Normativa (IN) 34 publicada hoje (24) no Diário Oficial da União. A medida foi aprovada em janeiro pelo Conselho Curador do FGTS, mas não havia sido implementada.

O financiamento poderá ser usado para construção, reforma ou ampliação de unidade habitacional e instalação de hidrômetro e sistema de aquecimento solar para residências. A concessão do crédito não dependerá de renda familiar e será destinada apenas a titulares de conta vinculada ao FGTS, segundo as condições de financiamento do Sistema Financeiro da Habitação (SFH).

Os empréstimos poderão ser de até R$ 20 mil e terão juros nominais de 8,5% ao ano, acrescidos de taxa de risco (máximo de 0,8% anuais). A amortização da quantia financiada deverá ser feita em, no máximo, dez anos.
Terão prioridade famílias com renda até R$ 5,4 mil, compra de materiais para imóveis de até R$ 90 mil (com as exceções previstas na Resolução 702 de 2012), idosos, pessoas com deficiência e mulheres chefes de família.
Para ter acesso ao crédito, o beneficiário tem que encaminhar ao Programa Financiamento de Material de Construção (Fimac) do FGTS proposta que deverá atender aos objetivos do programa e aos seguintes requisitos: compatibilidade entre os valores do financiamento solicitado e a capacidade de pagamento do Fundo; comprovação da idoneidade dos responsáveis pela construção e pela autorização do projeto técnico por entidade competente; compatibilidade com as diretrizes do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade (PBQP), do Ministério das Cidades; imóvel situado em local residencial adequado; e comprovação da regularização da mão de obra usada na execução da obra quando o valor pleiteado for acima de R$ 10 mil, entre outros critérios.
Os recursos serão alocados de acordo com o déficit habitacional urbano apontado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Do total, 42,5% irão para o Sudeste; 28,2% para o Nordeste; 11,2% para o Sul; 9,6% para o Norte e 8,3% para o Centro-Oeste.
De acordo com a instrução, os trabalhadores que terão acesso aos valores deverão ser beneficiários do FGTS por no mínimo três anos (na mesma empresa ou em locais diferentes), ter contrato de trabalho ativo correspondente ao mínimo de 10% do valor contratado, não ter outros financiamentos no âmbito do SFH e não ser proprietário de imóvel no município onde reside ou exerce a atividade profissional principal.
A relação dos materiais qualificados ou certificados para o financiamento estão disponíveis nas páginas na internet do Ministério das Cidades e do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia(Inmetro). 
Fonte: administradores.com.br 

domingo, 25 de novembro de 2012

As áreas que mais contratam em esquema de home office



Quer ter crachá da empresa sem precisar estar todos os dias no escritório? Confira quais as áreas mais promissoras para quem quer trabalhar em casa


São Paulo - O ambiente corporativo, aos poucos, começa a se render aos benefícios do home office. Recente pesquisa realizada pela Robert Half com 1.777 diretores de Recursos Humanos em 13 países indica que 64% das empresas brasileiras já permitem, esporadicamente e para alguns cargos, que seus colaboradores trabalhem em casa. O teletrabalho é uma política fixa e válida para todos os funcionários de 11% delas, segundo o estudo.
“Está mais fácil trabalhar em home office porque as empresas estão avaliando seus funcionários mais pelos resultados apresentados. Se o profissional está entregando resultados com qualidade não tem porque ele estar na empresa das 8h as 20h”, explica André Magro, gerente da Hays.
Se a tendência começa a ser verificada nas empresas, algumas carreiras parecem, no entanto, estarem mais propensas ao trabalho remoto. Por isso, profissionais que estão inclinados a trabalhar no conforto de casa, sem ter colocar os pés todos os dias na empresa devem ficar atentos às áreas que mais oferecem contratos de trabalho neste esquema. 
EXAME.com consultou dois especialistas para saber quais são as áreas mais promissoras para quem quer continuar usando o crachá da empresa mas prefere não estar fisicamente no escritório todos os dias. Confira:
1 Vendas
“A área de vendas é a pioneira na adoção do home office, desde sempre é a que mais contrata funcionários neste esquema”, diz André Magro, gerente da Hays.
Isso acontece porque muitas empresas não têm escritórios regionais em todas as cidades em que atuam, por isso a adoção do trabalho remoto acontece em larga escala. “O funcionário tem crachá da empresa, veste a camisa, mas trabalha de casa”, diz Magro.
“É uma área naturalmente vocacionada para o teletrabalho”, concorda Alvaro Mello, presidente da Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades (Sobratt) e professor na Business School São Paulo.
2 Tecnologia da Informação
Programadores, desenvolvedores de softwares, criadores de aplicativos e outros profissionais da área de Tecnologia da Informação também têm mais chances de trabalharem no conforto de casa, assim como os webdesigners, de acordo com o professor Alvaro Mello.
“É uma área que contrata mais neste esquema porque geralmente o funcionário lida com projetos e por isso tem mais probabilidade de trabalhar sozinho do que, por exemplo, uma pessoa que seja da área de contas a pagar em uma empresa”, explica Magro.
De acordo com os dois especialistas, a área de marketing também tem uma cultura mais aberta para o teletrabalho. “Por exemplo, o profissional tem uma apresentação importante para fazer ou está produzindo uma campanha de lançamento de um produto e, na empresa, as interrupções são constantes, por isso é comum tirar o dia para trabalhar em casa”, explica.
Gigantes como a Dell e a Unilever já são exemplos de empresas com executivos das áreas de marketing que adotaram o home office. Entre as vantagens do trabalho remoto estão a redução de tempo e de custos com o trânsito. 
4 Recursos Humanos
Toda mudança de cultura – como é o caso da adoção do homeoffice pelas empresas - geralmente começa pela área de Recursos Humanos da empresa. Por isso, quem trabalha com RH também tem chances de contar com a flexibilidade do home office.
“O profissional de RH tem essa liberdade também por que é uma área que tem que dar o exemplo e quando se inicia uma mudança cultural, geralmente o RH pode servir de ‘cobaia’”, diz o gerente da Hays.
O especialista também explica que em muitos casos a presença no escritório não é mesmo necessária todos os dias. “Há as empresas que tem regionais em outros países e uma equipe de RH que atende várias unidades, então esses profissionais podem trabalhar de casa também”, diz Magro.
Segmentos
Além destas áreas, há ainda alguns segmentos da economia que também são propícios para o home office, segundo os especialistas. “Temos notados que empresas de serviços, tecnologia, bens de consumo e farmacêuticos são as mais abertas ao home office”, diz André Magro, da Hays.
Profissionais que prestam consultoria e quem trabalha nos departamentos de projetos e planejamento também estão deixando os expedientes na empresa mais esporádicos, segundos os especialistas. “Quem trabalha em projetos, não precisa estar presente na fase de produção”, lembra Magro.
“Os consultores não precisam ficar na sede porque geralmente estão com seus clientes e podem fazer relatórios de casa. As sedes são mais usadas para fazer as reuniões”, diz Mello.

Fonte: exame.abril.com.br 

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Liderança empreendedora: a competência mais escassa no momento



Esse artigo faz uma análise crítica sobre a importância e a ausência da liderança na criação de mitos no mundo dos negócios.


De acordo com Stephen Covey, autor do best seller Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes, "Liderança é um conceito misterioso e ilusório. O que lemos como sendo história é, na realidade, a criação de mitos. De uma pessoa comum, a sociedade cria um Napoleão ou um Gandhi, um Martin Luther King ou uma Joana D'Arc, alguém que adquire o status de ser capaz de moldar o destino."
O que faz uma pessoa comum se tornar um líder de verdade? O que faz um líder se tornar empreendedor? O que faz um empreendedor se tornar líder? Todos os empreendedores são líderes? Todos os líderes são, por natureza, empreendedores?
Se perguntarmos a definição de líder para vários homens de negócios, teremos diferentes respostas: líderes são motivadores, entusiastas e carismáticos; líderes estabelecem metas e objetivos; líderes criam uma missão e uma visão; líderes influenciam pessoas e gerações; líderes estabelecem novas culturas; líderes são perseguidores implacáveis de metas, e assim por diante.
Por outro lado, se a pergunta for "o que os líderes devem fazer?", é provável que a única resposta seja: o papel do líder nos negócios é extrair os melhores resultados da sua equipe. Embora seja um conceito ainda mal compreendido e adotado de maneira equivocada, a liderança tornou-se uma característica indispensável no mundo dos negócios.
Em artigos, vídeos e palestras, muitos tentam associar Bill Gates, Lee Iaccoca, Winston Churchill, Jack Welch, Antonio Ermírio de Moraes, Henry Ford, Akio Moirta e outras personalidades ao espírito de liderança, o que não me parece totalmente equivocado, mas, o fato de alguém adotar suas qualidades, na tentativa de se tornar um líder como eles, não garante a sua transformação em líder absoluto.
Aliás, para James Collins e Jerry I. Porras, autores do best seller Feitas para Durar, muitos líderes cultuados nos dias de hoje não eram nada carismáticos no comando de suas empresas. É o caso de Soichiro Honda, Masaru Ibuka (Sony), Paul Galvin (Motorola) William McNight (3M) e do próprio Jack Welch (GE).
Welch cresceu na GE, era um produto da GE, entretanto, a GE era uma empresa próspera muito antes de Welch assumir o comando e continua sendo depois dele, sob o comando do seu sucessor, Jeffrey Immelt. Welch não foi o único CEO excelente da GE. Segundo Collins e Porras, o papel de Welch não foi insignificante, mas, foi apenas um pedacinho de toda a história da empresa.
A principal característica em comum de todos esses líderes era o foco, segundo os autores. As evidências sugerem que as pessoas mais importantes nas etapas de formação das empresas de sucesso estavam mais voltadas para a organização, independentemente do estilo pessoal de liderança de cada um. Todos os líderes mencionados eram obstinados e excelentes arquitetos, ou seja, formadores de equipes e criadores de ferramentas adequadas para cada situação.
Ausência da liderança não é sinônimo de fracasso. Vejamos o exemplo da Apple que, durante mais de dez anos, sob o comando de Steve Jobs, cresceu de maneira admirável. Jobs era ótimo na criação, obcecado por qualidade e design, mas isso não o impediu de ser demitido da própria empresa aos trinta e um anos de idade. Para alguns, um péssimo líder, para outros, um empreendedor nato.
Apesar de tudo, a liderança é uma competência-chave no sucesso das organizações, principalmente quando você concorre num mercado onde a diferença de preço é a única vantagem percebida pelo cliente. Nesse caso, a liderança faz toda diferença, motivo pelo qual é necessário entender minimamente os seus princípios.
Quer você seja empreendedor, quer não, vale a pena resgatar algumas definições dos principais gurus da administração moderna, cujo resumo está disponível no meu livro Manual do Empreendedor (Atlas), mas, compartilhada aqui para facilitar o seu trabalho. Na prática, você vai precisar mais do que a simples leitura dos conceitos.

Liderança...

1) É a decisão de sair das trevas. Somente alguém capaz de ter sabedoria em meio ao caos será lembrado como grande líder (Deepak Chopra).
2) É a arte de se relacionar construtivamente com outras pessoas e conseguir que se mobilizem para atingir determinados objetivos comuns (Emiliano Gómez).
3) É a capacidade de reconhecer as habilidades especiais e as limitações dos outros, associada à capacidade de introduzir cada um dentro do serviço que desempenhará melhor (Hanz Finzel).
4) É a capacidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir objetivos comuns, inspirando confiança por meio da força do caráter (James Hunter).
5) É um processo de influenciar pessoas (Ken Blanchard).
6) É a capacidade de facilitar o aprendizado dos indivíduos e das equipes (Peter Senge).
7) É um processo conjunto de descoberta (Tom Peters).
Liderança é uma qualidade a ser adquirida. As pessoas anseiam por reconhecimento e um propósito de vida. Se o empreendedor conseguir ajudá-las a entender essa necessidade, por meio de produtos admiráveis e com o trabalho de pessoas ainda mais admiráveis, certamente estará influenciando seu modo de pensar e agir. Por consequência, os resultados serão os melhores possíveis para o seu próprio negócio e para a sociedade.
Pense nisso, torne-se um líder empreendedor e seja feliz!

Fonte: administradores.com.br 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Para que se exibir?



Quatro conselhos para não agir como a pessoa mais inteligente da sala

Querer parecer brilhante e inteligente o tempo todo pode ser constrangedora e causar problemas


Não mostre aos outros que você é a pessoa mais esperta da sala. Esse é o conselho de muitos executivos. Isso pode parecer óbvio se você é brilhante e consegue fazer coisas que os outros não conseguem, mas pode ser bem desconfortável para as outras pessoas.
Por isso, mesmo que você seja a pessoa mais inteligente do lugar, para que se exibir?

Acompanhe o ritmo

A ideia não é que pessoas inteligentes comecem a parecer burras, mas aprendam o momento certo de falar. Quando as discussões chegarem a um ponto crítico, dê sugestões. Se elas se interessarem, prossiga. Se não gostarem, espere a outra oportunidade.

Compartilhe as suas ideias com os outros

Empresas gostam de quem sabe trabalhar em equipe, mas os funcionários não crescem igualmente em grupo. Ache pessoas em quem você possa confiar e divida suas ideias com eles. Permita até elas apresentem suas ideias em uma reunião. No curto prazo, os colegas ficarão com o crédito, mas depois será claro que é você quem compartilha as soluções com eles.

Aprenda a ficar no holofote

Existem momentos em que você deve expor suas ideias e mostrar o que você sabe, mas é necessário que isso seja feito da maneira certa. Por exemplo, nunca diga ao seu chefe como ele deve fazer o trabalho, ofereça sugestões melhores.

Seja grato pela sua inteligência

Você foi contratado pelo seu potencial e pelas suas habilidades. Por isso, torne-se um solucionador de problemas, e não um montador de quebra-cabeças, pois o primeiro oferece soluções que beneficiam a todos e o segundo só satisfaz a si. Pessoas inteligentes que sabem quando falar e quando agir se saem melhor. Não perca oportunidades por se exibir.


Fonte: forbesbrasil.br.msn.com

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Por que é tão difícil encontrar bons profissionais em gestão financeira?



O mercado brasileiro atual, em que há um cenário que preza pela profissionalização dos setores administrativos das empresas, impulsiona a contratação do gestor financeiro. Porém, as empresas se deparam com um problema: a escassez da mão de obra qualificada em finanças. Mas por que isso acontece?


Primeiramente, para responder de forma efetiva a pergunta inicial, precisamos conhecer o papel do gestor financeiro. O profissional dessa área atua no planejamento financeiro das empresas, já que organiza a captação e direciona os investimentos de recursos financeiros. Além disso, analisa os demonstrativos contábeis, com o intuito de compreender a saúde financeira, avalia a manutenção de estoques, acompanha faturamentos e fluxos de caixa, com a tendência de maximizar o retorno e minimizar os potenciais riscos das empresas.

Desse modo, esse gestor pode causar profundos impactos dentro das organizações, positivos ou negativos, principalmente no que tange o objetivo de continuidade da entidade. Uma empresa que não tem um profissional que controle custos e despesas, compromete o seu caixa com gastos inequívocos e sofrem com altos indicadores de endividamento e baixa perspectiva de liquidez.

Mas, se há um mercado tão promissor para esse profissional, qual o motivo de sua escassez?
Um dos principais motivos é a sensação de dificuldade que a palavra finanças transmite para as pessoas. A grande maioria dos alunos passa longe de escolher cursos que possuem muitas disciplinas que envolvam cálculos. No entanto, eu como professor, afirmo que não há dificuldade em finanças, afinal as operações matemáticas utilizadas são as mais simples possíveis, tais como: subtração, adição, multiplicação e divisão. O que mais importa em finanças é saber interpretar as informações financeiras e contábeis com o objetivo de auxiliar a tomada de decisão estratégica.
Por conseguinte, as empresas sofrem quando tentam contratar um gestor financeiro, poisa taxa de profissionais formados com habilidades e competência em finanças tende a ser menor que em outras áreas administrativas. Além disso, muitas organizações já estão contratando os graduandos que escolhem a área financeira, antes mesmo de se formar, com processos de estágios e trainees, almejando ensinar potenciais talentos financeiros, cada vez mais raro no mercado empresarial.

Fonte: administradores.com.br

domingo, 23 de setembro de 2012

É possível ser um profissional multitarefa?

Mesa com papéis


Ser multitarefa virou exigência básica para trabalhar. Mas, por trás desse lugar-comum, há mais de uma maneira de realizar muitas coisa


São Paulo - Ler um anúncio de vaga de emprego transformou-se em uma atividade das mais angustiantes. A descrição de funções de alguns cargos chega a sufocar. Veja, por exemplo, o que o Facebook exige dos candidatos ao cargo de executivo de contas de clientes para a américa latina, com base em São Paulo: desenvolver a estratégia de vendas, estabelecer metas para vendedores, dar apoio a projetos da matriz e comunicar resultados claramente. São 14 responsabilidades ao todo.
Quando alguém se depara com uma vaga como essa, logo lembra que hoje o mercado valoriza o chamado profissional multitarefa, aquele capaz de fazer várias coisas ao mesmo tempo — afinal, só assim para dar conta do trabalho.
Ao notar o pavor que seus alunos expressavam diante da necessidade de se desdobrar em muitos, a pesquisadora Keri Stephens, professora de comunicação da universidade de austin, no Texas, decidiu aprofundar-se num estudo sobre o assunto, publicado em janeiro deste ano. Após analisar 63 estudantes da instituição em dois grupos focais, Keri identificou que as pessoas se comportam de três maneiras distintas na hora de lidar com atividades no trabalho.
Há aquelas capazes de realizar várias coisas ao mesmo tempo; as que assumem muitas tarefas e as organizam em sequência, fazendo uma de cada vez; e aquelas que preferem concentrar-se em uma coisa só. “O importante é descobrir qual é o seu estilo”, diz Keri, explicando que conhecer o próprio perfil permite ao profissional escolher melhor seu emprego e levar uma vida mais produtiva e menos estressante.
Pouca gente se encaixa, segundo a pesquisadora, na imagem popular do multitarefa, aquele que de fato faz tudo ao mesmo tempo. A maior parte (45% dos entrevistados) declara a preferência por ter tarefas múltiplas, mas acaba optando por organizá-las em uma fila. São os multitarefa sequenciais. “Esse é o tipo dominante”, diz Keri. Os participantes da pesquisa eram jovens estudantes universitários, justamente os que são mais estimulados a fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Mesmo entre eles, ficou evidente o desconforto com a exigência de se desdobrar em papéis diversos. Resta o monotarefa, profissional que busca a perfeição numa única atividade.
Esse gosta de dedicar dias (ou até meses) a um trabalho. Para esse grupo, o uso da fantasia de polivalente significa um consumo altíssimo de energia — é quem mais sofre com o predomínio do padrão multitarefa. Para esse perfil, o destino parece ser o trabalho solitário, típico de especialistas. “São funções que exigem concentração”, diz Keri.
Fábio Nabozni, de 37 anos, gerente nacional de vendas da Novartis, e Maria Priscila Alves, de 30 anos, diretora da agência de comunicação Mapa, são casados e demonstram preferência por trabalhos de atividades múltiplas. A forma como fazem isso, porém, é diferente. Ela toca tudo simultaneamente. “Faço várias coisas ao mesmo tempo para não deixar nenhum trabalho pendente”, diz Maria Priscila. Já Fábio se encaixa no perfil do multitarefa sequencial. “
"Programo o dia para fazer uma coisa de cada vez e delego tarefas para não deixar nada incompleto” diz Fábio. Cada tipo de profissional tem seu lugar no mercado de trabalho. O multitarefa simultâneo é mais voltado para a troca de informações e ideias, a colaboração e a interação. Do sequencial é de se esperar maior análise, planejamento e decisões estratégicas. Os monotarefas costumam ser bons em funções que exigem alto nível de especialização, precisão e paciência e, em tese, devem ficar longe de cargos de gestão.
“Há oportunidades para diferentes perfis em diferentes tipos de emprego e de empresa”, diz Beatriz Collor, responsável pela área de recrutamento e seleção da Crossing BPI, de São Paulo, que procura evitar o discurso-padrão de que bom é o multitarefa simultâneo. “Banalizou-se a ideia de que todos precisam de um profissional multitarefa, o que não é necessariamente verdade”, afirma Beatriz. A headhunter menciona que recentemente contratou um especialista em impostos para uma multinacional europeia.
O profissional era totalmente monotarefa, metódico e acostumado a trabalhar só, tanto que pediu uma sala isolada. Semanas após a contratação, o RH da empresa reclamou, dizendo que o especialista falava baixo e era introspectivo demais. Beatriz concordou. “Foi justamente por isso que o escolhi”, diz ela. A organização ficou com ele.
Para quem almeja cargos de gestão, no entanto, a capacidade de executar múltiplas atividades é de extrema importância, pois é necessário administrar entregas de outros profissionais. “A tendência é que essa competência seja cada vez mais requerida e exigida de executivos”, diz Bárbara Will, diretora de recrutamento da Business Partners Consulting. Um exemplo extremo e bem atual são os executivos de startups e de companhias que estão iniciando operações no país, lugares em que o negócio ainda não foi estruturado em torno de processos e áreas. “O mesmo profissional toma decisões estratégicas enquanto sai para escolher carpete”, diz Bárbara.
A evolução tecnológica é apontada como um dos fatores para o aumento do número de atividades no trabalho. Redes e equipamentos de comunicação facilitam a troca de informações, mas as atividades ainda levam tempo para ser executadas. Só que as empresas atropelam os prazos constantemente. “Trat se de um paradoxo organizacional”, diz Dulce Penna Soares, professora do departamento de psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina. “Se o chefe pede para resolver um problema e você se recusa porque tem de terminar um relatório, ele acha ruim”, afirma ela. “Mas, se não terminar o que já está fazendo, você também será considerado incompetente”, diz.

Fonte: exame.abril.com.br 

domingo, 2 de setembro de 2012

5 dicas para encarar erros graves



Especialistas dão algumas sugestões de como você pode lidar com deslizes da melhor forma possível


Toda pessoa é passível de cometer erros ao longo da vida e também da carreira profissional. Mesmo a mais nobre das finalidades não significa que a empreitada terá sucesso. Saiba o que fazer quando a falha aparece:

Reconheça e assuma

A primeira ação, ao se deparar com o erro, é examinar as possibilidades de consertar a situação e evitar a falha, diz Gerson Correia, sócio da Talent Solution. "Mas, muitas vezes, isso não é mais possível", diz. Se não há solução, a etapa mais importante em uma situação delicada como essa: assuma. "É o melhor a se fazer", diz o especialista. "Erros são feitos para serem cometidos e serem assumidos", explica.

"Transparência gera confiança", diz Alexandre Rangel, sócio da Alliance Coaching. Na opinião do especialista, a humildade de reconhecer o erro aumenta as chances de a falha ser mais bem recebida. A maneira como o erro é apresentado pode fazer toda a diferença, diz Gerson. A dica é fugir de uma posição defensiva. 

"Você tem razão, isso não poderia ter acontecido, mas aconteceu" ou "no seu lugar eu estaria ainda mais irritado", são frases certeiras na hora de se explicar para o chefe ou um cliente. "Você desarma a pessoa, ela não tem mais com quem brigar", diz Correia.

Pense nas implicações do erro

Analise a falha. Quais as decorrências do seu erro? "Nem sempre as pessoas estão estruturadas para fazer isso", diz Rangel.O essencial é identificar quem será afetado pelo erro cometido. É a empresa? É o cliente? É um colega de trabalho? É o seu chefe? Ou é você mesmo?

Identifique soluções

Existem erros graves reversíveis e irreversíveis. O quadro "Ecce Homo" não deverá nunca ser recuperado. Falha irreversível, portanto, sem solução. "Diante de uma falha assim o caminho é assumir a responsabilidade e as consequências", diz Rangel.

O especialista conta a história de um gerente de uma empresa que participaria de uma licitação de R$ 1 milhão. Mas, por falta de conferência, faltou um documento que a empresa tinha e que era requisito para a participação. A empresa acabou ficando de fora da concorrência por conta do erro do gerente. Ele assumiu a falha e encarou as consequências. Mas não teve jeito: foi demitido.

Mas quando se trata de um erro reversível, o caminho, diz Rangel, é assumir e tentar resolver a situação. "A dica é identificar as melhores soluções para serem sugeridas". Apresentar um problema seguido de uma possível solução minimiza prejuízos e demonstra comprometimento com o trabalho.

Antecipe-se

Essa dica é fundamental para você não ter que ouvir a seguinte frase: "Por que você não me avisou antes?". "Grande parte dos aborrecimentos ocorrem porque a pessoa não antecipa quem será diretamente implicado pelo erro", diz Rangel. 

Não vai cumprir o prazo e precisa de mais tempo? Avise o quanto antes. "Dessa maneira quem for ser afetado pode tomar medidas alternativas", explica Rangel.

Aja para resolver

Corra atrás do prejuízo. "É preciso ser proativo nessas horas", diz Rangel. Com dedicação e afinco muitas vezes dá para minimizar danos e até resolver a situação.

Depois de assumir a falha, busque reverter a situação da melhor forma possível: trabalhando. "Se é um projeto ou uma apresentação que ainda não foi entregue e está com os cálculos errados, a pessoa pode trabalhar no fim de semana ou fazer horas extras durante a semana (sem cobrar por isso) e corrigir os erros", sugere Correia.

Fonte: vocesa.abril.com.br

domingo, 26 de agosto de 2012

Processo seletivo: como se destacar na multidão



Com processos seletivos cada vez mais acirrados, os candidatos precisam de mais dedicação para serem contratados.

Atualmente os processos seletivos estão cada vez mais elaborados e complexos, exigindo do candidato maior desenvoltura para um leque de atividades e etapas cansativas, na maioria das vezes sem resposta, mesmo que seja negativa.

Hoje os processos seletivos reúnem diversas pessoas, com diferentes perfis, currículos e experiências. Com o aumento da concorrência no mercado de trabalho, a questão que mais aflige os candidatos é como se destacar no meio de tantos.

Quando um processo seletivo é aberto, na maioria das vezes o primeiro contato acontece pelo envio do currículo, sendo esse o momento que pode definir a participação ou não do candidato. Por isso, considere que o documento enviado despertará ou não o interesse do selecionador para o próximo passo.

O Curriculum Vitae (CV) deve ser sucinto, atraente, bem feito, com bom conteúdo e sem erros gramaticais. O diferencial de cada profissional começa desde a escolha do curso e da instituição. Portanto, pesquise o mercado, compare as grades curriculares e avalie quais são os melhores cursos disponíveis para a área que deseja atuar. Considere também o conceito da escola perante as empresas.

De maneira geral, o mercado valoriza além da boa formação, o exercício de atividades complementares que enriquecem o CV e acrescentam características importantes para o desenvolvimento de habilidades pessoais e que mostram ao selecionador competências como: determinação, comprometimento e facilidade de trabalhar em time, por exemplo.

Alguns exemplos destas atividades são: cursos de línguas, aprimoramento em informática, atividades esportivas ou corporais, trabalhos voluntários ou sociais e outras atividades que possam auxiliar no desenvolvimento físico, psicológico e técnico do candidato.

E a pergunta que não quer calar… Como se comportar numa entrevista? É importante ter a clareza que participar de entrevistas e dinâmicas de grupo exige saber lidar com o nervosismo, por isso, recomendo o ensaio com algum amigo ou familiar confiável e que possa lhe dar feedbacks construtivos e verdadeiros. Com toda certeza, ajudará muito na hora de ficar frente a frente com o entrevistador. Para adquirir mais segurança pesquise sobre a empresa, o ramo em que atua e a função que irá realizar, enfim, se prepare para o evento. Atuando também como um importante diferencial perante aqueles que não fizeram essa lição de casa, mostrando que o candidato está ali para valer e se dedica verdadeiramente na conquista da vaga desejada.

Outro momento significativo já conta com a presença física, seja em entrevista ou dinâmica de grupo. Nesse caso, a regra número um é ser sincero e verdadeiro e nunca fingir ser o que não é. Vale ressaltar que a boa apresentação é fundamental, afinal a primeira impressão é a que fica e nem sempre temos uma segunda chance. Por isso, se vista adequadamente, com cores neutras, sem extravagâncias e exageros. Apresente iniciativa e seja criativo sem forçar uma situação, pois a performance teatral será percebida.

E após a entrevista, o que acontece? Algumas empresas agregam outras fases ao processo seletivo, podendo ser outras entrevistas com pessoas-chave da área e até gestores de filiais e unidades no exterior, além de dinâmicas. Portanto, esteja preparado para a maratona, com energia e disposição. Valendo as dicas: fique calmo e seja você mesmo, sempre!

Sendo contratado, pense que você se destacou entre os candidatos e apresenta o perfil que a empresa busca. Se prepare para a nova fase que se abre a sua frente, com muitos desafios e necessidade de adaptação ao ambiente e pessoas que farão parte do seu novo cotidiano.

Seja feliz, se realize e tenha seu comportamento alinhado aos seus pensamentos e emoções. Assim, você estará aberto ao novo e pronto para vivenciar as mudanças que estão apenas começando.


Fonte: Administradores.com

domingo, 19 de agosto de 2012

7 dicas para evitar a frustração no trabalho


Segundo a psicóloga e fundadora da Innovation Coaching Center, Marie-Josette Brauer, podemos definir a frustração como a diferença que existe entre os esforços feitos e a recompensa. Veja as dicas a seguir.


Valorize a convivência com os amigos
Sabemos que os papos, as confidências, as trocas de pequenas informações entre colegas ou até mesmo com o chefe podem ter uma ótima influência em você e até impedir, às vezes, uma situação de estresse.

Não abdique de seus desafios
Abandonar um desafio no meio e não concluí-lo é outra maneira de você se sentir frustrada. Pense em quantos projetos foram começados e abandonados por nervosismo ou impaciência, ou ainda porque pareciam difíceis demais. Faça uma lista deles. 
Calcule o sentimento de decepção e de perda gerado pela sua impaciência. Olhe novamente a lista. Escolha um dos projetos e tome a firme decisão de realizá-lo. A partir desse momento, tome algumas decisões: avalie bem a relação entre o investimento e o resultado. Se decidir que o resultado vale o investimento não abandone.


Autoconfiança é importante e necessária
Além do resultado evidente ao se abandonar um projeto, há um efeito secundário terrível: a perda de confiança em si mesma. Se abandonarmos uma vez, na próxima vez em que vamos começar um novo projeto não vamos ter a autoconfiança necessária para levá-lo a cabo.
Faça então uma lista dos projetos que você já imaginou, porém nem começou porque não acreditou que fosse capaz de realizá-los. Dá para notar-se como você acredita pouco em si mesmo e começou a aceitar a ideia autodestrutiva que 'tudo bem de ser medíocre'. A partir deste momento, tome a decisão de avaliar cada projeto, considerando a energia, o tempo e o esforço necessários para poder decidir se é um objetivo realista ou não. Caso seja perfeitamente realista, não o abandone. Vá firme e construa novamente sua autoconfiança, sua autoestima.


Gere sentimentos de realização
A frustração também pode vir ao percebermos que não somos tão rápidos quanto gostaríamos. É importante nesse momento avaliar o que já foi realizado, mesmo que seja microscópico. 

O sentimento de realização gera uma boa autoimagem. 
Se o projeto for extenso, divida-o em pequenos pedaços perfeitamente acessíveis, por exemplo: vou trabalhar mais cinco minutos ou vou digitar mais cinco linhas. A frustração quase desaparece em doses tão pequenas.


Distingue do que você espera e o que provavelmente vai acontecer
Será que podemos imaginar uma vida inteira sem frustrações? Provavelmente não. A chave é você fazer a distinção entre 'o que espero que aconteça' e 'o que vai provavelmente acontecer'.


Nocauteie a sensação de frustração
Ser capaz de suportar a frustração é uma bela maneira de confrontá-la e de usá-la. Temos um imenso prazerquando conseguimos vencer a sensação de frustração e realizar o projeto.


Mais segurança significa mais força
Há dois tipos de problemas: aqueles que você sabe que vai poder resolver e aqueles que você tem dúvida do resultado. É claro que os problemas do primeiro tipo são mais fáceis de enfrentar. Quanto mais seguro você estiver, mais força vai ter para combater a frustração. Muitas pessoas realizaram coisas incríveis porque ninguém lhes disse que era 'impossível'.

Fonte: estilo.br.msn.com






sábado, 18 de agosto de 2012

7 carreiras com horários malucos



Expedientes atípicos

São Paulo – É sexta-feira começar para muitos profissionais por aí iniciarem uma espécie de contagem regressiva coletiva para o fim de semana. Mas, Brasil afora, muita gente raramente irá participar deste tipo de movimento.Em algumas profissões, a ideia de sábado e domingo como sinônimo de dias de folga é ficção ou história de um reino muito, muito distante. Horário comercial então? Nem pensar.
Para manter a segurança do tráfego aéreo, garantir a defesa de suspeitos de crimes ou as turbinas da extração de petróleo funcionando, muitos profissionais encaram um expediente muito diferente do clássico das 9 às 18h, cinco dias úteis por semana.
EXAME.com conversou com pilotos de avião, jornalistas e auditores, entre tantos outros para mostrar como é a rotina de quem decidiu tocar sua carreira em horários (bem) alternativos.
Clique nas fotos acima e encha-se de orgulho da sua rotina (ou de inveja de quem está longe dos horários de pico de trânsito e coisas que só o horário comercial pode proporcionar).

Advogado criminal

Toda vez que um suspeito de um crime é preso, um advogado criminal, provavelmente, treme nas bases. Não porque ele não queira cumprir seu dever e garantir o direito de todo cidadão à defesa perante a lei. Mas porque ele pode ser chamado a qualquer momento, em qualquer dia da semana para fazer seu trabalho.
Essa é a rotina da equipe do advogado criminalista Roberto Podval, conhecido por ter defendido o casal Nardoni perante o júri. “A gente trabalha um pouco como médico. Afinal, a qualquer momento alguém pode ser preso, pode ter busca e apreensão na casa de um cliente”, descreve. “A prisão do cliente não pode ser decretada e ninguém te encontrar”.
Esta realidade limou, até, um benefício da equipe do escritório de Podval. “Todos os anos, a equipe de advogados fazia uma viagem juntos em um navio. Nos últimos dois anos que fizemos isso, sempre alguém teve de abandonar o navio para cuidar de algum caso”, conta. “Agora, fazemos só um almoço de final de ano”.

Controlador de tráfego aéreo

Com a missão de manter o tráfego de aviões em ordem (e consequentemente prevenir acidentes), os controladores de tráfego aéreo ficam ligados 24 horas por dia, sete dias por semana no que rola nos céus do Brasil.
“Essa é uma profissão que exige uma visão pontual, raciocínio e tomadas de decisão rápidas o tempo todo”, afirma o capitão Paulo Sérgio de Jesus Barcellos, chefe da seção de instrução e atualização técnica do Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea e presidente da junta de julgamentos da Aeronáutica.
Por conta disso, neste tipo de função, jornadas de trabalho superiores a oito horas são vetadas. Mais de (cerca de) duas horas desempenhando a mesma função, também.
Desta forma, todos os dias, as equipes que atuam nas torres de controle dos aeroportos, nos centros de controle de aproximação e nos centros de controle de área dividem seu trabalho em três turnos de 8 horas cada – que são revezados pela equipe.
Neste período, descontadas as horas de descanso, o controlador de tráfego aéreo faz um revezamento de funções. “Dependendo do número de recursos humanos disponível, ele pode trabalhar, por exemplo, duas horas como controlador, ter um período de descanso, depois como assistente de controlador e, por fim, como coordenador”, afirma o capitão Barcellos.
“Ao final de uma jornada de três sequências de oito horas, o controlador tem uma folga”, conta. Que pode ser durante o fim de semana, feriados ou dias úteis mesmo.

Piloto de avião e comissário de bordo

Em 15 anos de carreira como comissária de bordo da TAM, Alessandra Costa (ou comissária Tamiza) passou apenas quatro natais ou réveillons com a família. Os outros onze foram a bordo de um avião.
O que para muita gente pode ser significado de pesar (e reclamação), para ela é satisfação. “Como nós, muitas vezes, o passageiro também está longe da família nestas datas. É gratificante atendê-lo nestas ocasiões”, afirma.
Foi bem na virada do ano de 2008 para 2009, em uma decolagem em Paris, que o comandante Euler de Souza teve um dos momentos mais marcantes de sua carreira. “Fizemos uma curva em direção à Torre Eiffel e, neste momento, começou a queima de fogos”, conta. “Se tivesse cronometrado não teria dado tão certo”.
Por lei, a jornada de trabalho de um aeronauta varia de acordo com o tipo de tripulação que ele integra. Essas jornadas variam de 11 a 20 horas. O período de repouso correlato de 12 a 24 horas – dependendo do tipo de jornada que o profissional desempenhou.
Se estiver longe de casa, o tripulante tem direito à acomodações e transporte para o aeroporto. São nestes períodos, afirmam os dois profissionais, que é possível, sim, conhecer o mundo.
Geralmente, a escala de voos do mês é entregue para a tripulação do avião nos últimos dias do mês anterior. “Nossa vida é desregrada, mas é programada”, afirma o comandante. No mínimo, os aeronautas têm direito a oito folgas por mês. Destas, pelo menos duas devem ser juntas e cair em um fim de semana.
“Quem trabalha em avião nasceu para isso”, diz a comissária Tamiza. “Às vezes, tem o aniversário de alguém e você não pode ir, é triste, mas você tem que ser resiliente. A profissão tem muitos ganhos: a cidade está com aquele trânsito e você de folga, tem a cultura e o conhecimento de outros países”.

Profissionais das plataformas de exploração de petróleo

Os profissionais da Petrobras que atuam nas plataformas de petróleo da companhia encaram, em média, 14 dias de trabalho (e vida) em alto mar.
A jornada de trabalho tem duração de 12 horas. Mas, após este período, não dá para voltar para casa. O tempo livre deve ser exercido ali mesmo, na plataforma. Para isso, as embarcações dispõem de áreas de convivência. Em algumas, é possível até nadar – em uma piscina, não em alto mar.
Segundo informações da área de Exploração e Produção da Petrobras, todos os funcionários, contudo, ficam em regime de sobreaviso após o expediente. Na prática, isso significa que se algum pintar alguma urgência, todos podem ser convocados para voltar aos seus postos.
O regime de folgas é o que, provavelmente, faz os olhos de muita gente brilhar. A cada dia de trabalho, o empregado tem um dia e meio de folga. Ou seja, se o profissional trabalhar 14 dias tem a garantia de 21 dias de folga.

Repórter

Independente do horário e dia da semana, onde um fato relevante para a sociedade acontecer, um jornalista deve estar por perto (mesmo que por telefone) para noticiar.
Durante pouco mais de quatro anos, a rotina do repórter Cláudio Junqueira foi passar as madrugadas na redação da rádio Bandeirantes para cobrir o que acontece nas altas horas da noite paulistana.
O expediente começava às 2 horas da manhã e só terminava às 9 horas. Neste período, o mais difícil não era driblar o sono, ele afirma, mas sim garimpar as informações. “É muito mais difícil encontrar pessoas para entrevistar. O trabalho é você e você, não tem um produtor para ajudar”, afirma.
Ele conta que, certa vez, houve um tumulto no final de uma partida do time de futebol São Caetano, no México, e não havia nenhum repórter brasileiro no local. A solução foi passar duas horas ligando para todos os hotéis até encontrar o time brasileiro para ter informações.
Mas nem sempre a apuração tem um final feliz assim. Em outro dia, chegou a informação na redação de que um delegado havia sido baleado. Ele procurou o nome da vítima na lista telefônica e um homem com o mesmo nome atendeu, era o pai do delegado baleado. 
“É um constrangimento acordar uma pessoa no meio da madrugada com uma notícia dessas”, afirma.

Mas o horário também tinha itens de fazer inveja para todo jornalista que encara uma sexta-feira mais longa para deixar algumas reportagens prontas para o fim de semana: “Às 9 horas da manhã de sexta-feira começava meu fim de semana”, conta. “Mas domingo, às 2 horas da manhã, já tinha que entrar para trabalhar”.

Médicos e enfermeiros

Quando o assunto é horários alternativos de trabalho, provavelmente, os médicos são a primeira imagem que vem à mente de muita gente. Dependendo da senioridade e especialidade do médico, o conceito é verdadeiro, sim.
No pronto atendimento do Einstein, onde Alvarenga trabalha, os turnos de trabalho tem duração de 12 horas e, evidentemente, se estendem durante todos os dias da semana. Aos novatos, geralmente, são dedicados os turnos menos populares de plantão – como noites, madrugadas e finais de semana.
“Quanto mais antigo no hospital, menor o número de plantões durante o fim de semana e noites”, diz o médico. Mesmo assim, pelo menos, a cada 15 dias, todos ficam de plantão no fim de semana.
Segundo o especialista, geralmente, os médicos são contratados para trabalhar 30 horas por semana. O que, na prática, significaria dois plantões e meio no esquema do pronto atendimento.
Mas a rotina profissional, neste caso, não se restringe às horas dedicadas ao hospital. “De uma maneira geral, trabalhamos 60 horas por semana contando o tempo no hospital e consultório”, diz Marcelo Alvarenga, clínico geral e endocrinologista do Hospital Israelista Albert Einstein.

Auditor

Responsável por checar em minúcias a avalanche de dados que toda empresa deve informar em seus balanços trimestrais e anuais, além de outros documentos exigidos por lei, os auditores também possuem um rotina bem atípica.
“Você nunca faz a mesma coisa todos os dias”, diz José Domingos, sócio líder da área de auditoria da Deloitte. E o trabalho não é dividido de maneira igualitária ao longo dos meses.
Tudo depende dos projetos que a equipe está tocando. Segundo Domingos, geralmente, a carga de trabalho fica mais concentrada entre 15 de janeiro a 15 de março, além dos 15 dias após o fechamento de um trimestre. “Nestes períodos, há um volume grande de horas extras”, diz.
“Os profissionais que trabalham na análise de dados, muitas vezes, varam a noite num processo de auditoria. Em alguns dias, passam de 15 a 18 horas para terminar um projeto”, afirma Ricardo Barcelos, da consultoria de recrutamento Havik.
No resto do ano, exceto quando uma empresa contrata a consultoria para outros pedidos específicos, a rotina tende a ser mais leve. “Os horários são mais flexíveis e é possível até coordenar os estudos, para quem está começando a carreira”, afirma Domingos.

Fonte: exame.abril.com.br 







domingo, 12 de agosto de 2012

Profissional global



O brasileiro global

Saiba o que você precisa ter ou desenvolver para liderar equipes multiculturais


Já foi o tempo em que o profissional que sabia falar inglês tinha vantagem em relação a seus colegas. Hoje, para liderar projetos de âmbito global, é fundamental ter outras competências. Entender a realidade e a cultura dos países com que está trabalhando é uma das características que o profissional tem de desenvolver. 

A pessoa que tem uma visão global acaba se destacando nos projetos que não envolvem só o Brasil. "Quem está conectado, é multifuncional e multicultural tem mais chances de se desenvolver", diz Sherban Leonardo Cretoiu, professor e coordenador do núcleo de negócios internacionais da Fundação Dom Cabral. Veja abaixo o que você precisa desenvolver para comandar trabalhos globais:

Dominar idiomas

Competência básica e primordial para quem deseja atuar em projetos globais. Não adianta, por exemplo, falar inglês e enrolar no portunhol. 

Aceitar desafios

Funcionários que gostam de encarar desafios e novas oportunidades recebem mais atenção das empresas, principalmente em trabalhos integrados com outros países. "Se você não gosta de sair da zona de conforto, nem tente liderar projetos globais", diz Tatiana da Ponte, sócia da Ernst & Young Terco. 

Ser curioso

Ser curioso faz diferença na hora de atuar em projetos globais. Buscar informações é essencial. "Algumas companhias oferecem treinamentos para atuar lá fora, mas é preciso que o profissional faça perguntas", diz Tatiana.

Ter vontade de aprender

Pessoas mais contrárias a mudanças têm dificuldade para lidar com projetos que envolvam outras culturas. "Quem chega a outros países achando que não tem nada a aprender já caminha para o fracasso", diz Sherban Leonardo Cretoiu, professor e coordenador do núcleo de negócios internacionais da Fundação Dom Cabral.

Manter-se atualizado

Um profissional que está atento ao que acontece em todos os lugares se diferencia dos demais. "Quem atua no Brasil ou junto com equipes de outros países, o chamado gestor global, precisa entender o contexto pelo qual o mundo está passando", destaca o professor Sherban.


Fonte: vocesa.abril.com.br

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Já se questionou sobre a forma como os outros veem você?



Além de se preocupar consigo mesmo, o bom profissional também tenta compreender o comportamento dos colegas de trabalho Assim, se adapta às diversas situações e aprende a lidar com elas.

Por Sonia Jordão 

Sabemos que, em muitas ocasiões, importa mais o como você parece aos olhos dos outros do que como você é realmente. Por isso, é importante tomar cuidado com seu comportamento, já que é muito difícil ter uma segunda chance para causar uma boa primeira impressão. 

Na vida profissional, precisamos muitas vezes nos comportar como se estivéssemos sentados à mesa, em um ambiente refinado com nossos principais clientes. A forma adequada de comportamento depende do ambiente e da cultura de cada região. Por exemplo, palavras que em uma região são usadas normalmente no dia a dia, em outra região podem não ser bem aceitas. 

A forma de se vestir também muda de um lugar para outro, por exemplo, nas cidades litorâneas, à beira das praias é permitido trabalhar de forma mais informal, enquanto que em lugares frios, geralmente, se veste de maneira mais formal. Em muitos lugares as pessoas falam alto, se gesticulando, enquanto em outras regiões as pessoas falam baixo e de forma tranquila. A forma como as pessoas foram criadas, suas crenças e valores também influem no seu comportamento, e nos relacionamentos. E, muito mais importante do que o “como se diz” ou “o que se diz” é como os outros te ouvem e interpretam. E, sem querer, muitas vezes, mesmo com as melhores das intenções pode-se magoar alguém. 

Um outro detalhe a ser observado é que no mundo atual, muitas pessoas vivem sob a “Lei de Gérson”, onde levar vantagem em tudo é fundamental. Isso em parte se deve ao fato da população crescer rapidamente, levando ao aumento da competitividade e à mudança na hierarquia das organizações, com um achatamento dos postos de chefia. Nesse modelo fica difícil aceitar que alguém possa ser simplesmente bondoso e que não queira nos usar para aparecer. A preocupação em manter o emprego, às vezes nos leva a enxergar “chifre em cabeça de cavalo” e isso pode atrapalhar no relacionamento com os colegas de trabalho. 

Além de se preocupar consigo mesmo, o bom profissional também tenta compreender o comportamento dos colegas de trabalho Assim, se adapta às diversas situações e aprende a lidar com elas. À medida que o profissional estude o assunto e o pratique, perceberá que ainda terá muito a aprender. 

É sabido que cada pessoa tem uma visão diferente da outra. Cada um ouve e enxerga à sua maneira, em função de sua formação e de suas experiências de vida. Por isso, precisamos estar sempre atentos a nossa imagem perante os outros. Não é viver preocupado com os outros, mas comportar-se adequadamente, de acordo com a sociedade onde estiver inserido. Até porque não sabemos se a pessoa que está nos vendo não será nosso futuro chefe ou até empregador. 

Há algumas filosofias que acredito que deveriam ser seguidas por todos. Uma delas é a frase de Stanley, que diz: “É necessário que o mundo depois de ti seja algo melhor, porque tu viveste nele”. Os profissionais sendo melhores levarão as organizações a serem melhores também. Acredito que assim teremos um mundo melhor, já que as organizações, principalmente as empresas, podem ser as entidades ou instituições capazes de mudar o mundo. 

Outra filosofia que devemos adotar vem do Dalai Lama, e diz: “Reparta o seu conhecimento. É uma forma de alcançar a imortalidade”. Há alguns modos de fazer isso, entre eles: escrever e divulgar artigos, ministrar palestras e treinamentos, escrever e editar livros. É importante ainda procurar desenvolver-se de modo a atender a essas duas filosofias de vida. 

Nem sempre o seu desempenho será suficiente para te manter no emprego. Um comportamento inadequado pode até te levar à demissão. E como uma pessoa educada, com boas maneiras, sempre terá um lugar de destaque na sociedade, procure cuidar disso com carinho. 

Sonia Jordão é especialista em liderança, palestrante, consultora empresarial e escritora. Autora do livro “A Arte de liderar – Vivenciando mudanças num mundo globalizado”, e dos livros de bolso “E agora, Venceslau? - Como deixar de ser um líder explosivo” e “E agora, Lívia? – Desafios da liderança”. 

Fonte: administradores.com.br