quarta-feira, 11 de abril de 2012

Profissional de Recursos Humanos




CENÁRIO PARA O PROFISSIONAL DE RECURSOS HUMANOS EM SÃO PAULO
O conteúdo desta coluna foi originado do pedido de ajuda de uma estudante de Jornalismo que trabalhava em uma pesquisa acadêmica. O tema do trabalho era "O cenário de Recursos Humanos em São Paulo"

A mensagem da estudante Simone foi encaminhada para consultora sênior Inês Perna, que atua na Divisão Case Consultores do Grupo Catho. As respostas foram enviadas para a estudante, mas pareceu à equipe do jornal Carreira & Sucesso que as informações poderiam ser de interesse de muitos leitores, e por essa razão as respostas da consultora estão sendo publicadas a seguir. 


C&S - Qual o cenário do mercado para profissionais de RH em São Paulo? 
Inês Perna - O mercado está recessivo em todas as áreas, e a minha experiência tem me mostrado que, nos últimos meses, mesmo bons profissionais de RH com inglês fluente têm tido dificuldade de se recolocar. Infelizmente, nos momentos de crise a área de RH é uma das primeiras a serem afetadas. E eu não limitaria esta recessão só à cidade ou ao Estado de São Paulo. Devemos ressaltar que as oportunidades fora do eixo Rio de Janeiro/São Paulo tendem a diminuir. 


C&S - Qual o perfil do profissional de RH? 
Inês Perna - Além dos conhecimentos básicos e da experiência no gerenciamento das atividades das áreas, o ideal é um profissional com grande perfil gerencial e menos operacional, boa formação educacional atualizada e inglês fluente. A fluência em inglês é um pré-requisito ainda muito difìcil de se encontrar na área de RH. Os profissionais que têm fluência no idioma são mais bem remunerados. Nas empresas nacionais de médio porte, ainda encontramos muitos profissionais de RH desatualizados e que administram a área como um departamento de pessoal. 



C&S - Que atribuições são dadas ao profissional de RH? 
Inês Perna -As atribuições de um cargo da área de RH variam de empresa para empresa. Por isso, quando fazemos um hunting não observamos a nomenclatura do cargo, mas sim as suas atribuições. De um modo geral, o profissional de RH é responsável pelas tradicionais áreas de recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento, remuneração/benefícios, avaliação e até departamento de pessoal. Devemos salientar que as empresas, cada vez mais, vêem o profissional de RH menos operacional e mais participativo nos negócios da empresa. O profissional de RH passa a ser um consultor interno que utiliza o recurso humano para o desenvolvimento do negócio, podendo ter áreas internas ou terceirizadas. Em geral, as empresas que olham o RH como elemento participativo da sua estratégia costumam terceirizar trabalhos, como por exemplo recrutamento e seleção.
Assim, o profissional de RH deve olhar a estratégia da empresa e buscar otimizar o recurso humano, contratando profissionais pelas competências que se enquadram dentro dos objetivos da empresa, por exemplo, e avaliando-os e remunerando-os por essas competências.


C&S - Qual o canal mais inteligente para se chegar ao profissional da área de recursos humanos? 
Inês Perna - Você pode ser objetivo e fazer uma mala direta para os gerentes e diretores de empresas, porém se deseja um contato informal e menos agressivo, é melhor freqüentar grandes eventos da área de recursos humanos (fóruns, congressos e outros eventos em que se reúnem grupos de RH). Deve freqüentar os eventos das Câmaras de Comércio também. 



C&S - O que atualmente atemoriza este tipo de profissional? 
Inês Perna - A total terceirização da área. Nas empresas que crescem muito, cada vez fica mais honeroso manter um equipe de RH. Outro aspecto está relacionado com a atualização. Os profissionais operacionais que não participam do negócio sabem que estão mais ameaçados. Mais dia ou menos dia deverão ser trocados. 
A fluência no inglês é outro aspecto. Com o aumento de aquisições de empresas nacionais por multinacionais, o idioma inglês tem sido cada vez mais exigido. Assim, o funcionário de uma empresa nacional não faz relatório para a matriz, porém quando essa é adquirida por uma empresa multinacional a fluência se torna vital. 




Fonte: catho.com.br

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